O Vaticano vive dias de expectativa e intensa movimentação com os preparativos para o conclave que irá eleger o novo Papa. A cerimônia está marcada para começar nesta quarta-feira, 7 de maio, na Capela Sistina, reunindo 133 cardeais eleitores de diversas partes do mundo. A eleição ocorre após o falecimento do Papa Francisco, em 21 de abril, aos 88 anos. Nos últimos dias, os cardeais participaram das chamadas Congregações Gerais — reuniões preparatórias onde são discutidos os desafios da Igreja e as qualidades desejadas no novo pontífice. Esses encontros também servem para os cardeais se conhecerem melhor, já que muitos deles nunca trabalharam juntos diretamente. A Capela Sistina já está em preparação para o ritual centenário. Foi instalada a tradicional chaminé que indicará, por meio da cor da fumaça, o resultado de cada votação: preta quando nenhum nome alcançar os dois terços necessários; branca quando o novo Papa for escolhido.
Um conclave histórico
Este será o conclave mais diverso da história da Igreja Católica, com cardeais de 71 países, reflexo direto do esforço do Papa Francisco em internacionalizar o Colégio de Cardeais durante seus 12 anos de pontificado. Entre os nomes mais citados como possíveis sucessores estão o cardeal italiano Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano, e o cardeal filipino Luis Antonio Tagle. No entanto, dentro do Vaticano, o sentimento é de que não há um favorito claro.
O conclave seguirá as regras estabelecidas pela constituição apostólica Universi Dominici Gregis. Durante todo o processo, os cardeais eleitores ficarão isolados do mundo externo, hospedados na Casa Santa Marta, dentro do Vaticano. As votações ocorrerão duas vezes por dia, com a possibilidade de até quatro escrutínios diários. O novo Papa só será eleito quando um dos candidatos atingir ao menos dois terços dos votos. Após a escolha, o novo pontífice será anunciado ao mundo com a tradicional frase em latim “Habemus Papam” e aparecerá na sacada da Basílica de São Pedro para dar sua primeira bênção “Urbi et Orbi”. A nomeação do próximo líder da Igreja Católica será acompanhada por fiéis e autoridades do mundo inteiro, atentos aos rumos que o novo Papa imprimirá a uma das instituições mais antigas e influentes do planeta.
